domingo, 5 de julho de 2009

O PODER DE NEGOCIAÇÃO: REFLEXÃO SOBRE O GERENCIAMENTO DE CONFLITOS NA ENFERMAGEM

RESUMO
Objetivo: identificar e refletir acerca das competências e habilidades do enfermeiro no gerenciamento de conflitos na equipe de Enfermagem. Métodos: estudo descritivo de revisão bibliográfica, no qual foram consultados por meio dos descritores: conflitos, negociação, gerência e enfermagem, artigos em publicações de âmbito nacional, editados entre os anos de 2003 e 2007, utilizando a base de dados on-line do Scientific Electronic Library On-line. Dentre as publicações foram encontrados treze trabalhos, sendo sete artigos selecionados para este estudo, por abordarem aspectos relevantes que merecem consideração para o entendimento do gerenciamento de conflitos na equipe de enfermagem. Além dessas referências, utilizamos dois livros específicos da área de Administração em Enfermagem. Resultados: foram evidenciados os seguintes aspectos: conceitos e funções gerenciais, habilidades e competências do enfermeiro gerente, propostas e tendências de gerência contemporâneas. Conclusão: os conflitos interpessoais e/ou intergrupais são situações decorrentes da influência dos eventos estressores no mundo-vida das pessoas e no seu trabalho; freqüentemente presentes no âmbito organizacional, de tal modo que o enfermeiro precisa desenvolver habilidades/competências para gerenciá-los. O que implica, entre outros, em ter humildade para aprender, espírito de equipe e bom relacionamento, saber lidar com as diferenças, ter compreensão mútua e equilíbrio razão/emoção.
Descritores: Conflito; Negociação; Gerência.

4 comentários:

Bianca 2007.1 disse...

Eu vejo muito essa questão da importância do saber trabalhar em equipe, do relacionamento interpessoal na prática da enfermeira em artigos e livros, mas acho que a Faculdade pouco incentiva essas habilidades. Fala-se da importância de massagear o paciente, ouví-lo, utilizar com ele uma linguagem acessível, prestar um atendimento integral, em "Enfermeiro, com formação generalista, humanista, crítica e reflexiva"*, mas não acho que basta colocar isso num slide... Temos que trazer isso para a vida real ou "virtual", que seja! Na relação entre os colegas, entre os professores e etc. Daí, para mim, a importância de espaços como esse, espaços de reflexão, de troca de conhecimentos, de construção de algo em conjunto... Afinal, a Faculdade somos NOZES.

* Diretrizes Curriculares Nacionais do Curso de Graduação em Enfermagem

Bianca 2007.1 disse...

Ah, por acaso achei esse resumo de artigo (pena ter só o resumo)

Título: Características da competência interpessoal do enfermeiro: estudo com graduandos de enfermagem

Fonte: Rev. bras. enferm;56(5):484-487, set.-out. 2003.

Resumo: Estudo de abordagem quanti-qualitativa, realizada com graduandos de Enfermagem, cujo objetivo foi identificar características de competência interpessoal partindo de um laboratório de grupo, onde os dados foram coletados através de instrumento aplicado em dois momentos distintos. Os resultados evidenciaram características de difícil desempenho como: resistência ao stress, iniciativa, flexibilidade, lidar com conflito. Aquelas desenvolvidas com mais facilidade foram: autoconfiança, saber ouvir e competição. Concluímos que tais características podem e devem ser mais exploradas durante os cursos de graduação como forma de fortalecer o desempenho gerencial do enfermeiro.(AU)

Bianca 2007.1 disse...

Aprendendo a cuidar: a sensibilidade como elemento plasmático para formação da profissional crítico-criativa em enfermagem

"(...)
Esse desafio é uma necessidade cognitiva que se impõem na educação em enfermagem: superar a histórica separação da descontextualização do fazer enfermagem entre o profissional e o pessoal, como se houvesse aí um distanciamento entre a objetividade e a subjetividade. Precisamos articular essas duas dimensões, para que o enfermeiro ao cuidar se perceba como sujeito. Essa articulação precisa começar pela própria formação, por meio da incorporação de outros modos de aprender-ensinar enfermagem, que resgatem e valorizem a sensibilidade, pois uma interação afetiva propicia a compreensão e modificação das pessoas mais do que um raciocínio brilhante repassado mecanicamente.
(...)
Historicamente, a formação das profissionais de enfermagem esteve orientada pelas práticas decorrentes dessa ciência, que valoriza a objetividade, elimina as emoções e esteriliza os sujeitos, na medida em que lhes impõem certa neutralidade e indiferença como condição para o correto desempenho das atribuições profissionais. Nesse contexto, ensinamos o cuidado em enfermagem, que em essência está em outra direção: é subjetivo, intuitivo, sensível e se concretiza no espaço das relações entre os sujeitos envolvidos; constitui-se num trabalho vivo em ato."

Pedro Aniceto disse...

O importante nesta reflexão
e a idiossincrasia envolvida, e efemera condição situacional do ser humano, que perspectiva tudo de uma determinada forma, forma esta traduzida em palavras, e a pergunta deverá ser.

o que realmente sinto? Poderei descrever com a linguagem que abarco?

Pedro Aniceto